Embora o trabalho remoto esteja em alta como um sinal de produtividade do mundo moderno, podendo até o próprio chefe atuar fora da empresa, estudos da London School of Economics e da Universidade Brigham Young revelam que à longo prazo, seus resultados não são diferentes dos obtidos no dia a dia do escritório e, no caso da liderança, pode até afetar o desempenho da equipe. Segundo os pesquisadores da LSE, a produtividade remota entra em declínio quando o fato de trabalhar em casa passa a ser uma regra, e não um privilégio (que evita deslocamentos no trânsito, despesas com refeições etc…)
Devido a isso; é preciso atentar que a flexibilidade do trabalho deve ser considerada como uma conquista, e para que as pessoas sintam motivadas, e possam retribuir produzindo mais e melhor. O estudo, realizado com 900 participantes no Reino Unido, informou que, no início, as pessoas que trabalhavam de maneira remota cumpriam 3,1 horas extras a mais do que quem estava no escritório, porém, com o passar do tempo, o expediente se tornou igual. Conforme este estudo, isso ocorreu devido à falta de reconhecimento da empresa pela maior dedicação da pessoa, que se julga injustiçada e desacelera suas atividades, daí a necessidade de retribuir essa dedicação com uma bonificação ou folgas.
O estudo da Brigham Young, publicado no jornal The Leadership Quarterly, revelou que a ausência do líder no escritório pode acarretar alguns problemas entre a equipe como: disputas internas de poder, orientação confusa e mau entendimento entre a equipe. Segundo os autores, as pessoas moldam seus comportamentos a partir de relacionamentos diretos com os outros, por isso; a necessidade de ter um líder presente. Neste estudo, a universidade dividiu os participantes em três equipes distintas para desenvolver as mesmas atividades: uma equipe sob uma liderança presente, outra totalmente remota e uma terceira mista, com alguns presentes e outros remotos. Foi esta última equipe que apresentou os piores resultados e os maiores conflitos, em função dessa divisão física (o suposto líder estava remoto e não foi considerado capaz dessa função). A melhor equipe foi a agregada fisicamente, mas a turma totalmente remota também apresentou resultados melhores que a dividida, já que seus integrantes estavam todos na mesma condição.
Contudo o mais importante não é se o trabalho de sua equipe será realizado remotamente ou fisicamente no escritório. O que a empresa tem que estar ciente, é que em ambos os casos, haverá a necessidade de administrar conflitos, de valorizar os profissionais que se dedicarem mais e se destacarem no trabalho, e que o gestor responsável pela equipe esteja apto a resolver qualquer situação e que de preferência saiba lidar com as mudanças nas formas de trabalho moderno.
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